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É possível curar a enxaqueca mesmo quando ela é persistente?

Afinal, como curar enxaqueca persistente? Com o tratamento adequado e algumas mudanças no estilo de vida é possível alcançar bons resultados.

Além de medicamentos que visam resolver uma crise, existem alternativas de tratamentos cujo objetivo é curar a enxaqueca, impedindo que novos episódios se repitam com o passar do tempo.

Para isso, são usados medicamentos de algumas classes específicas, como os antidepressivos, os anticonvulsivantes, os bloqueadores dos canais de cálcio e os betabloqueadores1. Esses fármacos podem ser usados, com a devida prescrição médica, quando1:

  • As dores de cabeça são persistentes e insistentes;
  • As crises comprometem a qualidade de vida e o desempenho em atividades do dia a dia;
  • Há contraindicações para alternativas terapêuticas, principalmente aquelas destinadas a tratar os quadros agudos de crise;
  • As enxaquecas estão relacionadas ao ciclo menstrual.
  • São identificados outros tipos específicos de enxaqueca (como a enxaqueca hemiplégica ou a enxaqueca com aura do tronco cerebral).

Além dos medicamentos, identificar os gatilhos associados às crises de enxaqueca (como aqueles provenientes da alimentação ou da exposição à luz) e adotar mudanças em determinados aspectos do estilo de vida podem contribuir para reduzir o número de episódios de dor1.

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Quais as características dos diferentes tipos de enxaqueca?

As crises de enxaqueca (também chamadas de migrâneas) podem ser divididas em dois grandes tipos: enxaquecas sem aura ou as enxaquecas com aura. As enxaquecas sem aura atingem entre 70% e 75% dos pacientes e tem como principal característica dores moderadas ou severas que pulsam ou latejam em apenas um lado da cabeça1.

Na maioria dos casos de enxaqueca sem aura o problema costuma piorar com o esforço físico ou a exposição à luz2. Além disso, não é raro que os pacientes experimentem outros sintomas, como náuseas e vômitos2.

Já cerca de um quarto dos pacientes vão experimentar os episódios de enxaqueca com aura1. Eles são caracterizados por uma série de alterações visuais seguidas de uma sequência de sinais que indicam que a crise está para começar2. Ao todo, são quatro fases3,4:

  • A fase premonitória (conhecida também como pródromo), quando surgem sintomas como fadiga, dificuldade de concentração e irritabilidade. Esses problemas se manifestam em até 72 horas antes da crise;
  • A fase da aura, que é quando surgem as manifestações visuais;
  • A fase da cefaleia, que é onde a dor de cabeça em si aparece. Ela pode durar até alguns dias;
  • A fase de resolução (também chamada de pósdromo), com sintomas parecidos da etapa premonitória.

Mais raras são as enxaquecas que se manifestam com a aura, mas sem a dor de cabeça em si, as enxaquecas hemiplégicas (que fazem com que o paciente sinta fraqueza em só um lado do corpo) e as enxaquecas oculares (em que há perda temporária da visão de um dos olhos)2.

A condição é considerada crônica quando as dores de cabeça aparecem, por mais de 15 dias por mês, ao menos por três meses, com características associadas a um episódio de enxaqueca por no mínimo oito dias dentro do intervalo de um mês1.

Como mudar aspectos do estilo de vida pode ajudar a curar a enxaqueca?

Além do tratamento pontual para combater as crises e das intervenções a longo prazo para que elas não se repitam, curar a enxaqueca pode depender de uma série de mudanças no dia a dia. Essas modificações podem ser divididas em cinco aspectos5:

  • Sono, já que dormir melhor pode ajudar a reduzir as crises. Por isso, hábitos que reforçam a chamada da higiene do sono podem ser importantes para obter noites de descanso adequadas;

  • Exercícios, desde que eles não sejam um gatilho para a crise. Movimentar o corpo com regularidade pode ajudar a reduzir a frequência, a intensidade e a duração dos episódios;
  • Manter a alimentação e a hidratação em ordem, fazendo várias pequenas refeições ao longo do dia e bebendo água constantemente;
  • Organizar um diário, permitindo que você anote padrões relacionados à dor de cabeça e identifique gatilhos que podem tornar o manejo da condição mais simples;
  • Gerenciar o estresse da vida diária, seja encontrando atividades que promovam o relaxamento, seja evitando situações que causam nervosismo de forma desnecessária.

Em suma, combinando o tratamento e adoção de hábitos mais saudáveis é possível, quando não curar a enxaqueca definitivamente, obter ao menos uma melhor qualidade de vida com a redução dos episódios de crises. Na dúvida, converse sempre com seu médico sobre as melhores abordagens para lidar com seu caso, certo?

Como você viu, dormir melhor pode ser parte importante das mudanças que reduzem as crises de enxaqueca. Por isso, saiba como reforçar hábitos que favoreçam  uma boa higiene do sono pode ajudar a garantir noites mais tranquilas, que garantam um descanso adequado.

REFERÊNCIAS:

  1. RUSCHEL, Marco A. Pescador e JESUS, Orlando De. Migraine Headache. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK560787/>.  Acesso em: 29 nov 2023. 
  2. AMERICAN MIGRAINE FUNDATION. What Type of Headache Do You Have? Disponível em: <https://americanmigrainefoundation.org/resource-library/what-type-of-headache-do-you-have/>. Acesso em: 29 nov 2023. 
  3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CEFALEIA. Enxaqueca com aura. Disponível em:<https://bit.ly/4cLtYBf> Acesso em: 29 nov 2023. 
  4. CHARLES, Andrew. The evolution of a migraine attack–a review of recent evidence. Headache: The Journal of Head and Face Pain, v. 53, n. 2, p. 413-419, 2013. Disponível em:<https://headachejournal.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/head.12026> Acesso em: 29 nov 2023. 
  5. AMERICAN MIGRAINE FUNDATION. Lifestyle Changes for Migraine. Disponível em: <https://americanmigrainefoundation.org/resource-library/lifestyle-changes-for-migraine/>. Acesso em: 29 nov 2023. 

Material destinado ao público geral.
BRZ2322429 – Julho/2024

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